Dourada talha
Ó meu amor sem dono, sem destino que te valha
De ti me dispo, tu que me vestes em sofrimento!
Teu nome escrito à chuva e em página de vento!
Ai que a poesia que t' ofereço é minha mortalha!
Ah, teus versos bordados a ouro e dourada talha!
Qu’ os meus caíram em desgraça e esquecimento
Parte em paz, meu amor, num eterno momento!
Ai doce morte, que ora nos chega, ora nos falha!
Oh amor!, cobre-te de mim, toma-me as dores!
Ai as flores!, que com elas decoro meus amores
Tão perfumados beijos, os que nunca me deste!
Escrava! Fiel amante dessa ternura que te veste!
É meu peito eterno e apaixonado e aberta ferida
É minha boca sedenta da tua, na tua adormecida
MRML 28.03.2005
13 Comments:
Querida Miriam
Diria que este é dos melhores!
"É minha boca sedenta da tua, na tua adormecida..."
Um beijo
Daniel
"...é dos melhores!"
=) You know =)
a tua boca sedenta da minha????........ tu acalma-te sim????
beijo na boca
Mais uma vez enches te de sentimento o teu texto...
Muito bonito...
Beijo.
não foste e voltaste... boa!
Gostei muito... Um beijo!
:)
sensual qb
:)
Magnifico...
BJ SK
"É minha boca sedenta da tua, na tua adormecida"... Lindo...
beijinho e obrigada :)
tou aki pla primeira vez e gostei...continua!
Amor sem dono mas com flores o decoram, versos de ouro escritos ao vento, peito eterno em ferida aberta, amor passado ou paixão presente...mas sempre sofrimento. Será possível um poeta escrever sem dor? Ou dessa forma não seria poeta...apenas mortal. Parabéns… um poema escrito já algum tempo mas como sempre belo. Beijos
O amor que fere, o amor que inspira, o amor que mata um pouco mais a cada dia...
O amor obsessão, a ternura sugada, os retalhos que cosemos com a alma amargurada...
E a beleza negra e poética das tuas palavras...!
Mais um poema fabuloso!
Impossível não estremecer. Continuo com dificuldade em comentar o que escreves... ultrapassa-me! Só sei que me emocionas e isso basta-me!
Beijinho
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