2005/07/26

Dourada talha


Ó meu amor sem dono, sem destino que te valha
De ti me dispo, tu que me vestes em sofrimento!
Teu nome escrito à chuva e em página de vento!
Ai que a poesia que t' ofereço é minha mortalha!

Ah, teus versos bordados a ouro e dourada talha!
Qu’ os meus caíram em desgraça e esquecimento
Parte em paz, meu amor, num eterno momento!
Ai doce morte, que ora nos chega, ora nos falha!

Oh amor!, cobre-te de mim, toma-me as dores!
Ai as flores!, que com elas decoro meus amores
Tão perfumados beijos, os que nunca me deste!

Escrava! Fiel amante dessa ternura que te veste!
É meu peito eterno e apaixonado e aberta ferida
É minha boca sedenta da tua, na tua adormecida

MRML 28.03.2005

13 Comments:

Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Miriam
Diria que este é dos melhores!
"É minha boca sedenta da tua, na tua adormecida..."
Um beijo
Daniel

26.7.05  
Blogger DrEaMaKeR said...

"...é dos melhores!"
=) You know =)

26.7.05  
Blogger requiescatinpacem said...

a tua boca sedenta da minha????........ tu acalma-te sim????

beijo na boca

26.7.05  
Blogger pensamentos said...

Mais uma vez enches te de sentimento o teu texto...
Muito bonito...
Beijo.

26.7.05  
Blogger Eu said...

não foste e voltaste... boa!

26.7.05  
Blogger Penumbra said...

Gostei muito... Um beijo!

26.7.05  
Blogger aDesenhar said...

:)

sensual qb

:)

27.7.05  
Blogger SalsolaKali said...

Magnifico...
BJ SK

27.7.05  
Anonymous Anónimo said...

"É minha boca sedenta da tua, na tua adormecida"... Lindo...
beijinho e obrigada :)

27.7.05  
Blogger Andre said...

tou aki pla primeira vez e gostei...continua!

27.7.05  
Blogger Morfeu said...

Amor sem dono mas com flores o decoram, versos de ouro escritos ao vento, peito eterno em ferida aberta, amor passado ou paixão presente...mas sempre sofrimento. Será possível um poeta escrever sem dor? Ou dessa forma não seria poeta...apenas mortal. Parabéns… um poema escrito já algum tempo mas como sempre belo. Beijos

27.7.05  
Anonymous Anónimo said...

O amor que fere, o amor que inspira, o amor que mata um pouco mais a cada dia...
O amor obsessão, a ternura sugada, os retalhos que cosemos com a alma amargurada...
E a beleza negra e poética das tuas palavras...!

Mais um poema fabuloso!

31.7.05  
Blogger Richie said...

Impossível não estremecer. Continuo com dificuldade em comentar o que escreves... ultrapassa-me! Só sei que me emocionas e isso basta-me!

Beijinho

7.8.05  

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