Agonia
Alma de tão meiga alvura onde me deito
Teu corpo talhado em mel e gentil gesto!
Ai faz-me tua, pois que se foi este resto
De esperança na cruz que trago ao peito!
Ó amor, deixa-me amanhecer nesse leito
Que nasço e morro nesse abraço honesto!
Serás senhor desta vida que te empresto!
Ai pois dou-te eu meu sangue escorreito!
Que voltem a ser de mágoa os meus dias
Salgadas águas não me mentem agonias!
Leva-m' o corpo virgem presente a Deus!
Ai meu amor!, eleva-me tu pura aos céus
Sussurrando esta minha morte merecida!
Que pr' amar assim não me basta a vida!
MRML 21.07.2005
Foto: http://weellcometothewonderland.blogspot.com
12 Comments:
Sublime querida Miriam, sublime...
Como sempre :)
Bjs
As imagens que escolhes são uma coisa ...do outro mundo!!...das palavras só o silêncio os sublinha...é um ser quase tudo,aqui...
beijo
Isabel
Odeio que me roubem as Fotos!!!!!!!!
Vou-te processar!!!
Beijo, na cara que não mereces mais nada!!!
Querida Miriam
Belíssimo... estás inspirada!
Um beijo
Daniel
Olá.
Como tinha dito, voltei,
e mais uma vez achei fantastica a maneira como escreves...
Não posso dizer mais nada...
Beijo.
sonetos muito bem construídos.
Os teus dias jamais voltarão a ser de mágoa. porquê? porque não podem... tanto trabalho e agora voltar atrás? nah...
Para amar assim basta a vida... o dia-a-dia, a monotonia de existirmos...
Paixão...tu sentes esse sentido. As tuas palavras gritam por Amor para eternidade, por sorrisos e lágrimas. Muito bonito, como sempre. Um beijo
Miriam, este poema tem a força das árvores que sempre morrem de pé!
Beijo
importas-te q te assalte? bj. obrigado.
importas-te q te assalte? bj. obrigado.
;)
Enviar um comentário
<< Home