2005/06/29

Morte inglória

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Ó amor meu!, deixai-me qu' hoje vos diga
Em vosso rosto se desfez minha cegueira!
Credo!, haja nos céus quem vo-lo bendiga
Quem vo-lo ame e quem tanto vos queira!

Ah!, que durma vosso peito à minha beira!
Pois que serei vossa amante, vossa amiga
Ai ter-me-eis em vosso leito a vida inteira
No beijo que trocamos, melodia e cantiga!

D' um amor tão terno não guardo memória
Mãos que vos toquem e olhar que vos veja
Ah!, só minha é a boca que hoje vos beija!

Ó Amor!, nossa despedida é morte inglória
Espraiai-vos então em minha triste poesia!
Pois que vivo da dor de vos perder um dia!

MRML 29.06.2005

9 Comments:

Blogger Luís said...

Muito bonito... a sério!

29.6.05  
Blogger xp said...

Parece que estás num universo diferente, acima dos mortais...

Assim se explica não dares autógrafos aos fans...

29.6.05  
Blogger SL said...

Que bom que estás de volta...bolas, perdi o teu link.
Jinhos e espero que estejas bem.

29.6.05  
Anonymous Anónimo said...

Será Amor...ou Humilhação?
Viver sem Amor ou morrer por um que nunca será nosso?

30.6.05  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Miriam
Belíssimo... és uma jóia que há-de brilhar mais ainda...
Um beijo
Daniel

30.6.05  
Anonymous Anónimo said...

Perfeito!

1.7.05  
Blogger r.e. said...

parabéns pelo requinte não só do que escreves, mas do espaço. tomei a liberdade de te adicionar na minha Madrugada. J.

2.7.05  
Blogger lique said...

Já há muito que não passava por aqui. O tempo é um inimigo terrível.
Este é um poema bem ao teu estilo, respeitando todas as regras dos sonetos clássicos. Gostei. Beijinhos

2.7.05  
Blogger DT said...

Como se costuma dizer, quem é vivo sempre aparece. E então, cá estou eu. Não me fui embora, estou simplesmente mais longe de tudo isto.
Mas quando volto, é um prazer ler os teus versos. É bom matar as saudades dos meus sonetos preferidos.
Bjs

PS - a reviste pode ser encontrada em qualquer quiosque?

9.7.05  

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